Criar vácuo na cavidade

 

A ideia não é nova e é frequente surgirem problemas associados à dificuldade em “evacuar” o ar da cavidade, de forma a evitar formação de pequenas bolsas de ar em determinadas zonas quando injetamos o plástico. 

Os problemas causados pela presença de ar encurralado são muito variados e podem pôr em causa tanto a integridade mecânica da peça como comprometer a mesma a nível visual. Estes defeitos podem levar a níveis de “scrap” incomportáveis e, no limite, a graves problemas com reclamações de utilizadores finais do produto.

Os problemas mais frequentes têm a ver com linhas de união, queimados, dificuldade de enchimento e compactação, no entanto, há uma parte “não visível” relacionada com tempos de ciclo, manutenção de molde e a utilização de maiores pressões de enchimento que não são normalmente considerados, mas que também pesam na rentabilidade produtiva.

Por todas estas razões, conseguir injetar numa cavidade em vácuo seria desejável, no entanto, são muitas as dificuldades para conseguir criar este efeito de forma eficiente.

Com a experiência acumulada na nossa empresa, concluímos que o sucesso deste objetivo aumenta consideravelmente se tal for implementado na fase de projeto em que algumas das condicionantes podem logo ser otimizadas ou mesmo anuladas.

No entanto, não deixa de ser um desafio já que para a criação de um vácuo razoável é essencial que se consiga isolar a zona moldante para evitar a entrada de ar. Desta forma, é essencial uma análise do molde e reajustar as nossas expectativas em função do objetivo e do que será tecnicamente possível de controlar. Por exemplo, não poderemos esperar o mesmo tipo de resultado entre um molde simples, sem movimentos e alguns extratores, e um molde “atulhado” de balancés e movimentos com linhas de junta complexas. Esta avaliação inicial, permite-nos concluir se é viável isolar toda a cavidade ou se será mais realista concentrar os nossos esforços em determinadas áreas em que, seja por experiência, seja por indicação de um estudo reológico, se adivinhem mais problemáticas.

São muitas as soluções e caminhos que podemos explorar para remover o ar da cavidade, na realidade, cada possibilidade de entrada de ar pode ser transformada numa via para a sua remoção! Uma das soluções mais simples e eficientes de implementar, é a utilização das fugas de gases já existentes… basta criar um coletor em redor da linha de junta e colocar uma máquina de vácuo!

Durante os últimos anos desenvolvemos várias máquinas e acessórios para a realização e otimização do vácuo e contamos com muitos casos de sucesso que nos fazem acreditar que merece a pena olhar para este conceito como um argumento técnico válido que pode, e deve, ser explorado comercialmente… na realidade o seu baixo custo de implementação será facilmente rentabilizado.

Em conclusão, apesar de não haver certezas no início do processo, se o estudo for bem executado as probabilidades de sucesso são grandes e a relação custo / benefício dificilmente será negativo.

Vejamos dois exemplos:

 

 

 

Problema de enchimento.

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Eliminação de queimados


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Melhoria estetica em materiais com carga.

Dentro do nosso portfólio contamos com muitos casos de sucesso para melhorar ou mesmo eliminar linhas de união, queimados, dificuldades de enchimento e melhoria estética. 

A nível de processo, contamos com reduções no tempo de ciclo, redução de pressões de injeção /compactação e frequência na manutenção, estes com efeitos diretos no tempo de vida útil do molde.

Para mais informação:

 

https://www.youtube.com/watch?v=e11hF25ymr4&t=4s

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